sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sem despedida Sem.

Ao embarcar, a sirene toca.
todos ali. Comprimidos e afobados.
No entanto, olha para o chão para tentar ver os pés ou esquecer do mundo que está em volta.
Chega a próxima parada e entra mais um grupo.
mais aperto
mas algo desperta a atenção
se trombam, se empurram até que a porta feche.
olha para o cabelo, para as roupas...
a pessoa então vira-se. Se olham. Fixo. Olho no olho,
era a única vez até então
depois... finge e olha para o teto, para o lado, para o chão
percebe de canto do olho que a pessoa vira-se constantemente para o lado, o seu...buscando seus olhos.
Mas não, recusa-se.
Tira a blusa de frio, dá risadas, mostra-se para o mundo
percebe-se novamente o olhar, risada de canto da boca, acha graça da situação
o meio para.
Metade das pessoas pendem para um lado
Enconstam-se.
Faz questão de.
Afasta e finge não querer estar.
Outra sirene, agora é hora de descer...
mas ficou para trás a vontade de falar
de ouvir, de saber...
da parte A, da parte B...
ninguém fala, instante de segundos
finge não querer olhar no olho novamente... mas agora quer! Só para guardar na memória... para lembrar durante os dias que virão.
(Espera!) - pensa
o meio vai embora, vai embora.. vai embora... sumiu de vista.

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