domingo, 2 de janeiro de 2011

chove em São Paulo...
vejo da janela gotas e gotas caindo para refrescar o calor e a ressaca-do-pós-anonovo
elas caem sincronizadas, cada uma tendo a sua vez de molhar, de aparecer.
Olhando daqui, vejo que cada gota tem o seu papel e todas juntas o motivo pelo qual caem, dançam, molham...
coloquei a mão pra fora da janela para pegar uma delas e dentro de um copo guardei-a,
querendo esconder só para mim aquele pedaço de água.
E o que seria a água senão pedaços de chuva? e vice verso..
não adiantou de nada querer guardar ou esconder
a gota evaporou, foi para encontro das outras, para depois cair outra vez
Percebi que da água a gente aprende muita coisa.
Que por mais que se prenda, ela sempre escorre entre os dedos
que se colocar dentro de um copo ela evapora e volta pro início, pro fim
pode-se até querer transformar em gelo.
Mas de que adianta? se gelo preso na mão queima igual fogo,
que uma hora ele expande para além do espaço permitido querendo fugir de qualquer jeito
sabendo que tudo que é solido pode derreter.

sp, 16:35, 02/01/2011

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